como

surgiu?

Em junho de 2023, os presidentes Emmanuel Macron e Luiz Inácio Lula da Silva reafirmaram o compromisso de revigorar as relações entre a França e o Brasil, com o objetivo de celebrar os 200 anos de amizade entre as nações em 2025. Nascia, assim, a Temporada França-Brasil, uma iniciativa vibrante que coloca o Fórum Convergências França-Brasil no epicentro dessa colaboração transformadora.

Mais do que fortalecer laços diplomáticos, o fórum se propõe a destacar a juventude como protagonista na construção de uma democracia participativa, inclusiva e resiliente. Este evento internacional de grande impacto será o palco ideal para discutir temas urgentes como desigualdade social, dinâmicas de gênero e a gestão da informação em tempos de crises democráticas.

Além disso, o Fórum se conectará diretamente com grandes eventos globais, como a COP30, que esse ano será sediada pelo Brasil, ampliando sua relevância ao tratar da emergência climática dentro do contexto democrático global.

Por que participar?

O Fórum Convergências França-Brasil vai além de um simples encontro – é uma plataforma inovadora para cocriação, debate e disseminação de iniciativas concretas, com vistas a fortalecer a participação dos jovens na democracia brasileira e no diálogo internacional promovido entre a França e o Brasil, para o mundo, com o objetivo de gerar impactos reais e transformadores.

Mais do que uma oportunidade de discutir grandes temas globais, este evento é um espaço dinâmico para troca de ideias, networking e colaboração entre mentes criativas e engajadas. Para a juventude, o Fórum é a chance de apresentar suas propostas e perspectivas ao mundo, conectando-se com líderes e influenciadores de diferentes países. Aqui, sua visão pode se expandir para novas fronteiras, seja no cenário político, econômico ou social, criando pontes para futuras carreiras e projetos com impacto global.

Para aqueles que buscam ampliar suas redes e seus projetos com impacto global, o Fórum é o espaço perfeito. Não perca a chance de se tornar parte dessa transformação histórica e conectar sua visão ao futuro das relações internacionais e das questões globais mais urgentes.

Por isso, se você se identifica como uma pessoa: 

  1. Com projetos que buscam a igualdade de gênero; 

  2. Que agencia ações em prol da educação digital, do enfrentamento à desinformação e às fake news;  

  3. Que participa ou lidera projetos de fortalecimento à democracia, de ampliação de jovens na participação política, da promoção de políticas públicas de inclusão produtiva e cultural de jovens;

  4. Que promove ações como empreendedora com foco na cooperação e na autogestão, priorizando o melhor para a sua comunidade e o seu território.

Esse Fórum é pra você!

como vai

funcionar?

O Fórum Convergências será divido em duas etapas: a 1ª etapa será online, onde 40 jovens da França e 40 jovens do Brasil estarão participando de atividades síncronas, compartilhando mais sobre as suas iniciativas, além da oportunidade de mostrar seus projetos para lideranças globais e grandes referências em atuação. Essa etapa, que ocorrerá entre os meses de Março e Maio de 2025, será realizada por meio de encontros preparatórios, com dinâmicas de trabalho a partir de métodos ágeis inovadores. Serão 3 encontros por Eixo Temático, onde os selecionados serão estimulados a partilharem e desenvolverem mais dos seus projetos, rumo à segunda e última etapa dessa jornada: O evento presencial do Fórum. 

Juntos aos espaços de formação e aprendizados, os selecionados para o Fórum serão instigados a produzirem e desenvolverem protótipos e entregas a partir das suas ideias, de forma coletiva e individual, como parte da sua jornada evolutiva proposta pelo Fórum.

Na 2ª etapa, teremos a Conferência do Fórum Convergências França-Brasil, a acontecer presencialmente em Brasília, entre os dias 18 e 20 de agosto de 2025. Serão 3 dias de inspiração, informação e amplificação do engajamento social e humanitário, com uma programação rica em palestras, paineis de discussões, dinâmicas de trabalho, espaços de aceleração empreendedora, além de atividades culturais, antes e após a data do Fórum. Numa conexão intercultural entre França e Brasil, os jovens selecionados apresentarão presencialmente suas ideias desenvolvidas, além de terem acesso a um espaço que contará com a presença de organizações internacionais de atuação social e humanitária, dentre eles especialistas, autoridades, mentores e lideranças que são referência no enfrentamento aos desafios globais urgentes.

Mas não se preocupe!

O Fórum custeará TODOS os gastos dos selecionados que sejam referentes aos dias do nosso Fórum na sua etapa presencial (passagens, alimentação, hospedagem e deslocamento).

eixos temáticos

O Fórum se concentra em quatro grandes temas, buscando debater e aprofundar os seus desafios e potencialidades, mediante o cenário das políticas sociais e globais. São eles:

Igualdade de Gênero  

De acordo com o Global Gender Gap Report 2023 do Fórum Econômico Mundial, o Brasil ocupa a 57ª posição no ranking mundial de igualdade de gênero, entre 146 países avaliados. Este índice analisa quatro setores principais: participação e oportunidades econômicas, oportunidades educacionais, acesso à saúde e empoderamento político.

As mulheres enfrentam desafios complexos e persistentes em diversas áreas, como participação política, mercado de trabalho, educação, segurança, saúde e direitos reprodutivos. Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que a presença feminina jovem na política ainda é significativamente baixa, representando apenas 15% dos eleitos no Congresso Nacional nas últimas eleições. A participação de mulheres jovens, especialmente negras e indígenas, é ainda menor, evidenciando uma sub-representação em espaços de decisão.

Segundo, a Unicef, a potencialidade de meninas e mulheres que atuam contra as mudanças climáticas são significativas para uma nova percepção sobre manejos das crises climáticas e a resiliência dos territórios (Unicef, 2024).

Logo, dentre as diversas potencialidades apresentadas, estimam-se que a importância do protagonismo feminino na agenda climática é a chave na contribuição de comunidades mais justas e sustentáveis, pensando no trabalho colaborativo e equidade de papeis delegados nas tarefas e demandas.

Buscam-se jovens que realizam ações visando equilibrar as condições de acesso e oportunidade para mulheres, pensando a sociedade como um todo ou em grupos historicamente vulnerabilizados, como mulheres trans, negras, indígenas, periféricas, entre outras. As políticas e ações de igualdade e equidade de gênero impactam diretamente na atuação e no direito de mulheres para acesso a recursos, direitos e espaços representativos, sejam eles políticos, sociais, econômicos, ou nas demais esferas da sociedade como um todo.

O Fórum abordará questões centrais da igualdade de oportunidades, com foco no empoderamento das mulheres no empreendedorismo e na representação política. Será dada especial atenção ao impacto da violência de gênero e ao acesso aos direitos reprodutivos, alinhando-se aos compromissos internacionais do Brasil e da França.

Combate à Desinformação  

Em um estudo realizado pelo Instituto Datafolha (2022), 82% dos jovens brasileiros entre 16 e 24 anos afirmaram que já compartilharam informações sem verificar a fonte. O combate à desinformação entre a juventude se tornou uma prioridade em meio à crescente digitalização e ao aumento do consumo de conteúdo online. A juventude, principal consumidora de informações nas redes sociais, é também a mais vulnerável à desinformação, devido ao volume e à velocidade de circulação de fake news nas plataformas digitais.

A guerra de informações e o avanço das fake news no cenário brasileiro apresenta um desafio crítico à estabilidade democrática, expondo vulnerabilidades no processo de formação de opinião e decisão política. As eleições brasileiras nos últimos 10 anos exemplificam a amplitude dos efeitos das fake news, mostrando o poder da desinformação para manipular percepções de candidatos e influenciar diretamente os resultados eleitorais. Para enfrentar essa realidade, autoridades governamentais e instituições brasileiras têm buscado mecanismos de controle e regulamentação, envolvendo parcerias com plataformas para monitorar e remover conteúdos falsos durante os períodos eleitorais, ainda em construção.

No início de 2025, a Meta, empresa de tecnologia ligada às redes sociais como Instagram, Facebook e a mais recente Threads, anunciou que chega ao fim a política de checagem de notícias e informações em suas plataformas. O anúncio feito pelo dono da empresa reforça a dura realidade do combate à desinformação: o risco que a ausência de ferramentas de checagem dos fatos pode trazer como risco à democracia, e a incerteza da veracidade no fluxo intenso e diário de notícias. Além das demais consequências, como a permissão de discursos de ódio e maior disseminação das fake news, ações como esta estão a impactar diretamente na discussão sobre mudanças climáticas.

O chamado negacionismo climático, como um efeito discursivo que minimiza o impacto das crises climáticas, é uma realidade no cenário de polarização política, onde informações falsas e descontextualizadas são utilizadas para gerar engajamento e diminuir ou invisibilizar ações efetivas de enfrentamento e justiça climática. Em estudo divulgado pelo Nature Climate Change, em novembro de 2022, as redes sociais apresentaram na última década um aumento considerável da politização de questões climáticas, assim como a polarização política. Assim, a não moderação nas redes sociais prejudicam nossa real visão sobre o cenário crítico, permitindo: o aumento de ataques ao avanço de soluções científicas; um maior índice de informações distorcidas sobre justiça climática; a manipulação de algoritmos que invisibilizam e reduzem o alcance de notícias sobre desastres climáticos e ambientais.

As discussões do Fórum se concentrarão nos desafios das fake news, especialmente durante os períodos eleitorais, o seu impacto na estabilidade democrática e no cenário global da crise climática dos últimos anos. O Fórum busca se aproximar de jovens com soluções promissoras para os estudos de caso do Brasil e de outros países sobre a regulamentação das plataformas digitais, além de oficinas de educação midiática para jovens.

Democracia e Cultura

Explorando as relações entre juventude, democracia e cultura, este tema visa construir o debate e as ações entre a expressão cultural e participação cidadã.

De acordo com o relatório Mapa da Juventude do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), cerca de 60% dos jovens no Brasil têm acesso limitado ou nulo a atividades culturais e recreativas em seus territórios, especialmente em regiões periféricas e rurais. Esse dado indica uma barreira significativa para a construção da cidadania e do exercício de direitos culturais, já que a cultura é uma importante ferramenta de expressão e desenvolvimento subjetivo e coletivo.

Dados do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE) indicam que o setor criativo brasileiro, composto por áreas como audiovisual, artes visuais, literatura, música e artes performativas, responde por apenas 2,7% dos postos de trabalho para jovens de 15 a 24 anos. Isso revela um setor cultural ainda pouco acessível para jovens profissionais, apesar do potencial econômico e transformador da economia criativa. O fortalecimento de programas de inclusão produtiva e a desburocratização do acesso a editais e financiamento cultural são essenciais para ampliar a participação dos jovens na vida cultural do país e transformar o cenário democrático brasileiro.

É necessário destacar o alinhamento entre a economia criativa e as pautas de enfrentamento às mudanças climáticas globais. Em reunião do evento “Diálogo Ministerial sobre Ação Climática Baseada na Cultura”, realizado em novembro de 2023, a cultura foi incorporada como eixo fundamental no enfrentamento às mudanças climáticas, em preparação à COP 28, que aconteceu no mesmo ano. No Brasil, em 2024, realizou-se o Seminário Internacional de Cultura e Mudança do Clima, em Salvador (BA). Avaliando uma crescente nos debates sobre clima e meio ambiente para as novas gerações, conceitos como “ansiedade climática” e “desespero climático” evidenciam a influência do debate sobre emergências climáticas para as jovens lideranças, incluindo o exercício dos debates chegando no panorama da arte, da cultura e do entretenimento. A partir daí, a economia criativa se torna um agente de inovação e transformação num cenário onde as crises climáticas são vividas em escala local e global.

O Fórum busca projetos e ideias que impulsionam a juventude brasileira nesse meio, sendo esse um dos públicos mais afetados pela exclusão cultural e econômica, mas também reconhecendo-o como uma força impulsionadora das transformações democráticas, culturais e climáticas no país.

Como parte das dinâmicas no Fórum, o tema será aprofundado por meio de mesas redondas e apresentações artísticas, como música, teatro e artes visuais, destacando o papel da arte como motor de movimentos sociais e cidadãos.

Empreendedorismo Social e Solidário

A economia solidária se baseia na cooperação e na autogestão, promovendo um modelo alternativo ao sistema econômico tradicional.

Segundo o Sistema de Informação Nacional em Economia Solidária (SIES), existem cerca de 19 mil empreendimentos de economia solidária no Brasil, com um aumento significativo nos últimos anos devido à demanda por formas de trabalho mais colaborativas e sustentáveis. Esses empreendimentos abrangem cooperativas, associações e redes de produção comunitária, que fortalecem a coesão social, promovem a sustentabilidade e oferecem oportunidades de desenvolvimento local. Para a juventude, o empreendedorismo social e solidário oferece a possibilidade de transformação de seus próprios territórios, com iniciativas que respeitam a diversidade e promovem a inclusão. Esse setor também se destaca como um espaço de inovação.

Desde 2019, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) mapeia a economia solidária como um dos campos mais inovadores e cruciais para a transição energética, a adaptação climática e a adoção de modelos econômicos verdes no Brasil. Em 2023, o Governo Federal decidiu no Plano Plurianual (PPA) que o eixo 2, denominado Desenvolvimento Econômico e Sustentabilidade Socioambiental e Climática, receberá um investimento total de R$ 1,2 bi para programas que buscarem o desenvolvimento econômico e sustentável, com novas bases pela economia solidária e a redução das desigualdades regionais.

Com isso, avaliando os desafios globais para ações de justiça climática, a economia social e solidária se torna uma importante tecnologia nos modos de bem viver, no que diz respeito ao consumo, à produção de recursos naturais e industriais, e à distribuição de riqueza, pensando modelos econômicos que prezam pela coletividade e a justiça social de populações em vulnerabilidade.

Em 2025, será realizada no Brasil a Conferência Nacional de Economia Solidária, buscando uma unificação de diretrizes e princípios que fortaleçam e impulsionem as políticas públicas nacionais para este segmento econômico no país.

De acordo com o IBGE, mais de 40% da população economicamente ativa está inserida no mercado informal, onde as relações trabalhistas são precárias e os trabalhadores carecem de direitos trabalhistas básicos, como férias remuneradas e previdência social. Para muitos brasileiros, o empreendedorismo surge mais como uma medida de sobrevivência do que como uma oportunidade de autonomia econômica.

Numa reflexão sobre o debate, o fórum busca conhecer e fortalecer modelos inovadores de negócios que pensam uma base comunitária e de impacto social, fundamentando-se no associativismo e/ou cooperativismo e buscando o fortalecimento territorial.

Durante o Fórum, os jovens empreendedores sociais brasileiros terão a oportunidade de se apresentar em sessões de pitch e oficinas de cocriação. Esses espaços valorizarão iniciativas locais em economia solidária, promovendo a troca de experiências entre empreendedores franceses e brasileiros.

  • As inscrições estarão abertas de 09 a 31 de janeiro.

  • São aptos a participarem pessoas de 18 a 35 anos, de qualquer território do Brasil, que sejam atuantes em organizações e/ou coletivos da sociedade civil, seja na esfera social e/ou pública, e que desenvolvam projetos em prol dos direitos sociais e dos direitos humanos no Brasil, no combate às desigualdades e na manutenção da democracia.

  • No total, serão 40 jovens brasileiros, de todo o Brasil.

  • Cada pessoa poderá se inscrever em apenas 1 (um) Eixo Temático. Escolha o tema que melhor se encaixa no seu perfil e com os projetos em que você atua.

  • Na Jornada do Fórum, os jovens selecionados participarão de atividades tanto online quanto presenciais. O cronograma completo se encontra no site.

  • Sim! Nós iremos arcar com TODOS os custos de logística, alimentação e deslocamento referente à programação do Convergências 2025. Tudo pensado e programado para que você viva essa jornada conosco e foque no que é realmente importante.

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forumconvergencias2025@gmail.com